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17 de setembro, 2024Dicas

Setembro Amarelo – Um Guia para Pais Cuidarem da Saúde Mental dos Filhos

Cuidar da mente dos nossos filhos é plantar um futuro ainda melhor

Setembro é o mês em que a campanha do Setembro Amarelo ganha destaque, com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção ao suicídio e promover a saúde mental. No Colégio Aprovado, essa iniciativa se transforma em uma oportunidade para apoiar pais e responsáveis no cuidado com o bem-estar emocional dos filhos. A saúde mental é tão importante quanto a física, e o diálogo sobre o assunto pode ser iniciado desde a infância.

O Setembro Amarelo foi criado no Brasil em 2015 e tem como símbolo o laço amarelo, que representa luz, vida e esperança. Durante o mês, diversas ações são realizadas para incentivar o diálogo aberto sobre saúde mental, um tema que, muitas vezes, é cercado de tabus e preconceitos. O objetivo principal é fazer com que todos se sintam acolhidos para falar sobre seus sentimentos, identificando e buscando ajuda quando necessário.

As fases da vida

Vivenciar mudanças ao longo da vida é comum em todas as áreas, como família, trabalho e escola. Com o desenvolvimento infantil, isso não seria diferente. Pensando nisso, a psicóloga do Colégio Aprovado, Monique Fernanda Rodrigues, trouxe informações importantes sobre todas essas fases. 

Segundo ela, é fundamental que os pais e responsáveis compreendam que a saúde mental dos filhos deve ser observada e acompanhada desde cedo. Durante a Educação Infantil (0 a 6 anos), as crianças estão em um momento de intensa descoberta do mundo e de suas próprias emoções. Elas aprendem a expressar o que sentem, ainda que, muitas vezes, isso aconteça de forma indireta, através de brincadeiras e comportamentos. Nessa fase, é comum que pais observem mudanças de humor, como choro excessivo, irritabilidade ou dificuldade para dormir, e é importante que não ignorem esses sinais.

Ainda na Educação Infantil, é essencial criar um ambiente de segurança emocional para as crianças. Rotinas consistentes, como horários de sono e momentos de brincadeira, ajudam a proporcionar estabilidade. Além disso, incentivar atividades que permitam à criança explorar a criatividade e seus sentimentos, como brincadeiras livres e atividades artísticas, contribui para o desenvolvimento saudável.

Já no Ensino Fundamental I e II (6 a 14 anos), as crianças começam a ganhar mais independência e enfrentam novos desafios, tanto sociais quanto acadêmicos. Nessa fase, é comum que os pais notem mudanças no desempenho escolar, que podem estar associadas a questões emocionais, como estresse ou problemas relacionados ao convívio com amigos e colegas. O isolamento social ou a tristeza prolongada também são sinais que merecem atenção.

Para os pais de alunos do Ensino Fundamental, uma das principais recomendações é manter um diálogo aberto e frequente com os filhos. Perguntar sobre como foi o dia na escola, o que mais gostaram de aprender ou como se sentem em relação aos amigos são formas de fortalecer o vínculo e criar confiança. A participação ativa na vida escolar e nas atividades extracurriculares também faz com que as crianças se sintam valorizadas e apoiadas.

No Ensino Médio (15 a 17/18 anos), os adolescentes passam por intensas transformações físicas e emocionais, além de lidar com pressões acadêmicas e sociais. Esse é um período em que a busca por identidade, a escolha de carreira e o vestibular geram ansiedade e incertezas. Pais e responsáveis devem estar atentos às mudanças de comportamento, como o isolamento, a falta de apetite ou o desinteresse por atividades que antes traziam prazer.

Durante essa fase, é fundamental que os pais demonstrem respeito à individualidade dos adolescentes, oferecendo espaço para que eles se expressem, mas sempre deixando claro que estão disponíveis para conversar. Compartilhar experiências pessoais, como desafios enfrentados na adolescência, pode ajudar a criar uma conexão mais forte e a transmitir segurança. Promover o equilíbrio entre os estudos e atividades de lazer também é essencial para garantir o bem-estar mental.

Em todas essas fases, os pais devem estar atentos a sinais de alerta, como falas sobre sentimentos de culpa, inutilidade ou tristeza persistente, além de comportamentos autodestrutivos ou tentativas de isolamento social. Esses sinais podem indicar a necessidade de buscar orientação profissional.

Falar sobre saúde mental com os filhos é um passo importante para promover o bem-estar emocional. Criar um ambiente onde as crianças e adolescentes se sintam à vontade para compartilhar suas preocupações e sentimentos, sem medo de serem julgados, é fundamental para que desenvolvam resiliência e autoestima.

O Colégio Aprovado, no contexto do Setembro Amarelo, reafirma o compromisso de estar ao lado dos pais e responsáveis nessa jornada. Para aqueles que notarem sinais preocupantes ou desejarem mais informações, a equipe pedagógica e a psicóloga escolar, Monique Fernanda Rodrigues, estão à disposição para oferecer suporte e orientações. Cuidar da saúde mental dos filhos é um ato de amor que precisa ser exercido continuamente.