Espanha comemora vitória na Copa do Mundo Feminina, mas beijo polêmico rouba os holofotes
Redator: Henrique
Jenni Hermoso, estrela do time campeão, recebe beijo forçado do presidente da Federação Espanhola de Futebol durante a premiação
Uma cena lamentável roubou a atenção durante a cerimônia de premiação da final da Copa do Mundo feminina, realizada neste domingo, 20 de agosto, na cidade de Sydney, na Austrália. Após a vitória da Espanha por 1 a 0 sobre a Inglaterra. Jenni Hermoso, meio-campista titular da equipe, recebeu um beijo na boca de Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol. As imagens desse momento se espalharam rapidamente nas redes sociais, junto com uma live da jogadora no vestiário, na qual ela foi questionada sobre o incidente.
Durante uma transmissão ao vivo em seu Instagram, Jenni Hermoso expressou sua insatisfação com a atitude do presidente espanhol, embora tenha tentado manter a tranquilidade, afirmando: “Não gostei. Mas o que eu ia fazer?”.
A ministra de Igualdade da Espanha, Irene Montero também se manifestou sobre o incidente, destacando a importância do consentimento e condenando qualquer forma de violência sexual. Ela escreveu em sua conta oficial no Twitter: “É muito simples. Duas pessoas se beijam se ambas quiserem, se houver consentimento. Só sim é sim. A violência sexual, principalmente as menos intensas, continua invisível e normalizada, mas é preciso chamá-la pelo nome para acabar com ela. Não é apenas machismo, abuso de poder ou ato machista: é violência sexual”.
Dentro de campo, a Espanha conquistou seu primeiro título mundial feminino após uma partida acirrada contra a Inglaterra. O único gol da partida foi marcado por Olga Carmona, que ao final da partida descobriu que seu pai havia falecido. A Espanha venceu por 1 a 0 em um duelo emocionante realizado no estádio Accor, em Sydney, na Austrália.
Jenni Hermoso, que foi titular na final e desempenhou um papel crucial na campanha vitoriosa da Espanha, chegou a perder um pênalti no segundo tempo da grande decisão.
Além de superar a Inglaterra, também tiveram que lidar com conflitos internos em relação ao técnico Jorge Vilda. Elas questionaram sua abordagem de trabalho e sua postura, chegando a assinar um abaixo-assinado com o apoio de 15 atletas. No entanto, a federação espanhola decidiu manter o treinador, que desempenhou um papel fundamental na conquista do título inédito.
A celebração da vitória na Copa do Mundo Feminina continua em Madri, mas a repercussão em torno do beijo inesperado no pódio permanece como um tópico de discussão tanto no mundo esportivo quanto na sociedade em geral.